Alonso domina, vence em Cingapura e entra de vez na briga pelo título

Por que Fernando Alonso é considerado o melhor piloto do grid da F1? E por que Fernando Alonso é bi campeão mundial? As respostas para essas duas perguntas foi dada em grande estilo hoje. Vitória incontestável nas ruas de Cingapura.

Alonso fez um grande treino de classificação, tirando de Vettel e da Red Bull uma pole que parecia certa. E na corrida, dominou de ponta a ponta. Guiou de forma brilhante e não deu chances aos rivais. Isso se chama talento.

E sempre acompanhado do talento que todo grande campeão tem, vem a sorte. E ela sorriu para Alonso nessa prova. Duas vezes, em um fato apenas. Um safety-car que pode ter mudado a história do campeonato.

Logo depois de parar para a troca de pneus, o espanhol estava sendo pressionado por Vettel. Quando m acidente entre Kobayashi e Senna provocou a entrada do carro de segurança. E o impeto do jovem alemão foi para o espaço. Ali, Alonso garantia a vitória.

E na relargada lhe foi garantida sua volta a briga pelo campeonato. Isso porque os líderes do mundial Webber e Hamilton bateram, e o inglês abandonou, abrindo caminho para ele assumir a vice liderança do campeonato.

Depois de mais essa vitória, todo aquele discurso de Alonso, de que ele tinha 50% de chances de ser campeão, e que pareceu exagerado de certa forma, começou a ganhar sentido. E força. Nas últimas cinco provas, ele venceu três (Alemanha, Itália e Cingapura), chegou uma em segundo (Hungria) e não terminou a outra (Bélgica) Conquistou 93 de 125 pontos possíveis. E com isso, se credencia como favorito ao título, por tudo o que ele é capaz de fazer. Se o espanhol colecionou alguns erros durante o ano, na hora da decisão ele tem se mostrado o mais preparado para vencer. E isso vai pesar.

Por falar em decisão, escrevi aqui há algum tempo que para mim, Lewis Hamilton vinha sendo o piloto do ano em 2010. E ainda acho que o inglês vem tendo uma temporada melhor, mais madura. Mas os erro em Monza e o acidente de hoje podem lhe custar o bi campeonato. Suponhamos que ele tivesse mantido a quarta posição que ele ocupava nas duas corridas. Teria somado 24 pontos e estaria a apenas dois atrás de Webber. Mas já que não somou nenhum, ficou a vinte atrás do australiano e caiu para terceiro.

Sobre o campeonato em linhas gerais, a disputa que parecia polarizada entre Webber e Hamilton, ganhou a cara de uma briga entre Webber e Alonso. Onze pontos separam os dois com quatro provas e cem pontos em disputa. Hamilton, como já disse, vem a vinte. Vettel e Button a 21 e 25. Situação difícil para os três, uma vez que eles têm de superar a boa fase do espanhol e a regularidade do australiano. Mas do jeito que o campeonato está equilibrado, não dá pra duvidar de nada.

Sobre a prova, aquela velha história de pistas urbanas. Em boa parte da corrida foi vista aquela famosa fila indiana, sem muitas emoções. Mas vimos também momentos de arrojo, com Hulkenberg, Kobayashi e Kubica, além dos sempre presentes safety-cars. Não foi uma prova tão ruim.

Já os brasileiros não tiveram tanto destaque. Rubinho largou em sexto, andou boa parte da corrida em oitavo e terminou em sexto. Não se destacou e não comprometeu. Outra boa prova dele. Massa largou em último e apostou em parar logo na primeira volta, para não ter de parar mais. Ganhou catorze posições, terminou em décimo, mas ficou aquele gostinho de que poderia ter feito mais. Ainda foi beneficiado por punições a Hulkenberg e Sutil e ficou em oitavo. Lucas di Grassi conseguiu chegar, com um carro horrível. Foi o décimo quinto. Já Bruno Senna, que brigou com sua Hispania, bateu em Kobayashi quando o japonês já estava fora, ao bater no guard-rail.

A próxima etapa acontece no Japão, pista seletiva, com pontos de alta e baixa velocidade. Pontos que favorecem as três postulantes ao título. Vejo vantagem para a Ferrari e Red Bull nessa briga. E restando apenas quatro provas, qualquer vantagem tem de ser aproveitada.

Final

1°. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1h57min53s579 ( 61 voltas )
2°. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 0s293 ( 61 )
3°. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 29s141 ( 61 )
4°. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 30s384 ( 61 )
5°. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 49s394 ( 61 )
6°. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 56s101 ( 61 )
7°. Robert Kubica (POL/Renault), a 1min26s559 ( 61 )
8°. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 1min53s297 ( 61 )
9°. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1min52s416 ( 61 )*
10°. Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth), a 1min52s791 ( 61 )*
11°. Vitaly Petrov (RUS/Renault), a 1 volta ( 60 )
12°. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta ( 60 )
13°. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 1 volta ( 60 )
14°. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta ( 60 )
15°. Lucas di Grassi (BRA/Virgin-Cosworth), a 2 voltas ( 59 )
16°. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth), a 3 voltas ( 58 )

Não completaram

17°. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth), 51 voltas
18°. Nick Heidfeld (ALE/Sauber-Ferrari), 35
19°. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 34
20º. Christian Klien (AUT/Hispania-Cosworth), 30
21°. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 29
22°. Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth), 28
23°. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth), 26
24º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes), 1

* Punidos

Fotos: Autosport.com
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