E na segunda-feira...

Sebastian Vettel venceu e convenceu ontem, dando assim um passo gigantesco rumo ao tricampeonato. Põe as duas mãos na taça. Isso porque a Red Bull tem perspectiva de se manter competitiva nas próximas provas, ao passo que a Ferrari ainda é uma incógnita. A diferença que era de 29 pontos para o líder caiu para quatro. E restam cinco corridas. Os papeis se inverteram, apesar do espanhol ainda estar na frente. Agora é Vettel quem marcará Alonso.

Fernando Alonso, por sua vez, terá de remar muito se quiser alcançar o título. A Ferrari não consegue e é provável que nem consiga atualizar seu carro. E isso deixa o espanhol em um mato sem cachorro. Além do talento, vai precisar contar, mais do que nunca, com sua grande sorte, que o abandonou em Suzuka. Uma pena, porque pela temporada que faz é quem mais merecia o título.

Após a corrida de ontem, Felipe Massa e Kamui Kobayashi podem se considerar grandes vencedores. A boa prova de ambos, que não estão lá agradando muito seus respectivos times, pode dar uma sobrevida a eles visando 2013. Há quem diga que bastava uma boa performance do brasileiro em Suzuka para que esse tivesse seu contrato renovado. E querem algo melhor do que um segundo lugar? Se esse boato se confirmar, o brasileiro, que melhorou muito depois das férias, permanecerá em Maranelo. Quanto ao japonês, a Sauber, ou melhor, Monisha Kaltenborn, disse que o pódio em Suzuka não será decisivo na continuidade ou não de Kamui na equipe. Terão de avalia-lo como um todo e já sabem de seu potencial. A permanência do Mito deve estar mais relacionada a dinheiro. Como a Sauber deverá manter o patrocínio da Telmex, pode ser que Koba San não precise sair para dar lugar a algum pagante. Além disso, ele já conhece a equipe e poderá exercer um papel de ‘líder’. Vamos ver.

Ainda sobre Kobayashi. Que festa linda fez a torcida gritando seu nome. E que japonês assanhado, cantando a repórter da Sky. Deem uma olhada.

Mark Webber soltava fogos pelas ventas ontem. Tudo por conta de mais um ataque do “Maníaco da Primeira Volta”, termo cunhado pelo próprio australiano para se referir a Romain Grosjean. Abaixo, uma frase dita pelo piloto rubro taurino extraída do site Tazio.

“Obviamente eu não vi o que aconteceu na largada, mas o pessoal confirmou que foi novamente o maníaco da primeira volta (Grosjean). Todos nós estamos lutando por bons resultados a cada final de semana, mas ele está tentando chegar na terceira curva o mais rápido que ele pode toda corrida. É frustrante, pois alguns caras importantes sofreram com isso e talvez ele precise tirar novas férias”

Webber, Mark

O australiano tem razão em suas reclamações? Claro. Largando em segundo, ele foi tirado da prova pela inconseqüência do franco-suíço. Mas até aí, tudo bem. É óbvio que o piloto vitimado iria reclamar. O problema é que a Lótus também já começa a cobrar mais cautela de Grosjean. Eric Boullier, chefe da equipe, já disse que o piloto precisa assumir a culpa por conta dessas atitudes e melhorar nessa questão. Grosjean é o único que pode mudar a situação.

Não sei até que ponto é bom para a Lótus ter Grosjean na equipe. Que ele é rápido, não se discute. Inclusive em classificações ele vence seu companheiro, Kimi Raikkönen, com folga. Porém, ele simplesmente falha em completar provas. Tudo isso por conta de sua afobação, especialmente nas largadas. Quantos pontos a Lótus deixou de marcar por conta das loucuras dele? Muitos. Inclusive, o time preto e dourado poderia estar não apenas a frente da Ferrari no mundial de construtores. A essa altura, poderia estar brigando com a McLaren pelo segundo lugar. E isso, para um time médio, pesa muito.

Acho que a situação do franco-suíço ainda não é critica na equipe. Mas o sinal de alerta já foi ligado...

Hamilton e twitter é uma combinação perigosa. Na Bélgica, o inglês já tinha dado mostras disso, divulgando dados de telemetria da McLaren e reclamando de Jenson Button ter uma asa traseira nova e ele não, fato que segundo o próprio foi determinante no desempenho da classificação dos dois. Até hoje o time de Woking não engoliu bem a história.

Pois bem. Ontem, Lewis deu mais uma prova de sua incapacidade de se manter longe de polêmicas. Em uma série de três tweets, o campeão de 2008 reclamou de que seu companheiro de McLaren, Jenson Button, teria lhe dado ‘unfollow’ na rede social. Depois, ele tentou corrigir, dizendo que seu companheiro nunca o tinha seguido. Atitudes, no mínimo, infantis.
Hamilton é um piloto mimado. Muito mimado. E quando passam a mão em sua cabeça, ele trás resultados. Apoiado pela McLaren, ele enfrentou um bicampeão mundial de igual pra igual em seu ano de estréia. Sendo o primeiro piloto do time, foi campeão do mundo no ano seguinte. Após a McLaren produzir um carro ruim em 2009, ele ainda conseguiu ir bem e terminar um campeonato em alta.

Contudo, quando ele recebe tratamento igual a outro piloto, acaba perdendo a cabeça. É o que acontece desde que Button chegou ao time e dividiu as atenções da McLaren. Hamilton, mesmo sendo superior tecnicamente ao parceiro, se perdeu. No ano passado, teve um ano ruim, após superar o campeão de 2009 na primeira temporada juntos. E hoje tem essas atitudes duvidosas. A mudança para a Mercedes poderá ser benéfica. Talvez até por ela também já ter sido consumada, ele vem fazendo isso.

Hamilton precisa amadurecer, parar de agir como uma criança de 7 anos. E precisa fazer isso rápido.

Pelo WRC, Loeb conquistou o seu nono título. Já falei disso ontem. Porém, vamos a alguns números da carreira do francês, extraídos do site oficial do WRC. Em 162 ralis, ele conseguiu 75 vitórias. Ou seja, um triunfo a cada 2,16 eventos, ou 46,2% de aproveitamento. Venceu em 23 ralis diferentes. Em duas oportunidades venceu seis ralis em sequencia. São 874 especiais vencidas. Em 2005, ganhou todas as 12 especiais do Rali da França. São 1525 pontos marcados. Nove vitórias no Rali da Alemanha. É o lugar onde ele mais triunfou. E são nove títulos consecutivos. É ou não é o maior e o melhor da história?

E mais: clicando aqui você pode ver um vídeo de um quase acidente do tresloucado Jari-Matti Latvala.

Pra finalizar, a MotoGP corre neste fim de semana no Japão. E Casey Stoner voltará a pilotar, depois do acidente sofrido em Indianapolis. Uma boa notícia para Dani Pedrosa. Com 33 pontos de desvantagem para Jorge Lorenzo restando quatro provas para o final do campeonato, o espanhol poderá ter a ajuda do companheiro para descontar a diferença. Com 100 pontos em jogo, Pedrosa precisaria vencer todas as corridas, com Stoner sendo o segundo nos quatro GPs. Assim, ele chegaria a 357 pontos enquanto Lorenzo poderia ir até 354, supondo-se que ele terminasse todas as quatro provas em terceiro.

É uma missão extremamente difícil, primeiro porque Lorenzo tem capacidade para vencer provas ou simplesmente chegar a frente de Pedrosa. E segundo porque também não sabemos qual a real condição de Stoner. Repito, é bem complicada a situação. Mas há esperança.

Foto/Reprodução: Blog do Fábio Seixas
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