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Power já vinha demonstrando muita habilidade nesse tipo de pista desde o ano passado, tanto que brigou pelo título da temporada justamente se aproveitando desse tipo de circuito. Vacilou nos ovais e foi vice. Para 2011, a perspectiva é semelhante. Se continuar bem nos circuitos mistos e de rua, como foi em St. Petersburg e hoje no Alabama, e melhorar nos ovais, será mais perigoso ainda.
Contudo, apesar do dominio da Penske de Power, quem completou o pódio foram as Ganassis de Dixon, em segundo, e Franchitti, em terceiro. Como disse ontem, era muito pouco provável que alguém de outra equipe se intrometesse na briga entre as duas equipes. E não deu outra.
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Por falar na disputa entre as duas equipes, apesar da vitória de Power, acredito que a Ganassi tenha mais a comemorar hoje. Helio Castroneves fez uma corrida bem abaixo do esperado e também teve azar em alguns pontos cruciais da prova, devido a erros de outros pilotos. Terminou em sétimo. Já Ryan Briscoe vinha para um provável pódio, quando foi acertado por Ryan Hunter-Reay e teve de abandonar. Aliás, um acidente grotesco causado pelo americano, que foi devidamente punido. Uma pena para o australiano.
Em suma, a corrida foi bem movimentada. Na primeira metade vimos boas disputas e apenas uma bandeira amarela. Contudo, depois da segunda, quando Alex Tagliani rodou sozinho, a prova tornou-se chata, com vários acidentes e incidentes nas relargadas. Volto a frisar: alguém tem de tomar alguma atitude em relação a essa relargada em fila dupla. Em circuitos mistos e permanentes veremos uma bandeira amarela atrás da outra por falta de pratica e excesso de agressividade dos pilotos com esse sistema.
Apesar do excesso de bandeiras amarelas na segunda metade da prova, ainda vimos algumas disputas interessantes e a evolução de pilotos que vieram do fundo do grid. Tony Kanaan foi um deles, terminando em sexto, tendo largado na vigésima quarta posição. A cada prova ele mostra que é capaz e mercedor da chance que a KV lhe deu. Uma aposta certeira do time. O baiano foi o melhor brasileiro na prova. Quem também acabou bem foi Simon Pagenaud, substituto de Bia Figueiredo na Dreyer & Reinbold. Acabou em oitavo após largar em vigésimo terceiro. Uma boa estréia do francês.
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Entre os brasileiros, além de Tony e Helinho, Vitor Meira terminou em décimo segundo. Já Raphael Matos abandonou.
A Indy volta a correr na próxima semana em Long Beach, mais uma prova em circuito de rua. Será que alguém irá parar Will Power?
Resultado final
1. Will Power (AUS/ Penske) 2h14min42.952s
2. Scott Dixon (NZL/Ganassi) a 3.382s
3. Dario Franchitti (ESC/Ganassi) a 15.524s
4. Marco Andretti (EUA/Andretti) a 28.960s
5. Oriol Servia (ESP/Newman/Haas) a 29.881s
6. Tony Kanaan (BRA/KV) a 30.385s
7. Helio Castroneves (BRA/Penske) a 30.780s
8. Simon Pagenaud (FRA/Dreyer & Reinbold) a 31.209s
9. Simona de Silvestro (SUI/HVM) a 32.581s
10. Charlie Kimball (EUA/Ganassi) a 35.003s
11. Sebastien Bourdais (FRA/Dale Coyne) a 35.988s
12. Vitor Meira (BRA/Foyt) a 42.644s
13. JR Hildebrand (EUA/Panther) a 44.295s
14. Ryan Hunter-Reay (EUA/Andretti) a 1min00.742s
15. Alex Tagliani (CAN/Sam Schmidt) a 1min10.687s
16. Takuma Sato (JAP/KV) a 1min12.171s
17. Danica Patrick (EUA/Andretti) a 1 volta
18. Graham Rahal (EUA/Ganassi) a 2 voltas
Não completaram
Justin Wilson (ING/Dreyer & Reinbold)
Raphael Matos (BRA/AFS)
Ryan Briscoe (AUS/Penske)
Mike Conway (ING/Andretti)
EJ Viso (VEN/KV)
James Hinchcliffe (CAN/Newman/Haas)
James Jakes (ING/Dale Coyne)
Sebastian Saavedra (COL/Conquest)
Fotos: Espn.com
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