E o primeiro GP do ano na F1 foi decidido não pelos pilotos e sim pelos motores Ferrari, da Ferrari, e Renault da Red Bull, e por uma ultrapassagem na segunda curva. Fernando Alonso conquistou sua primeira vitória pela Ferrari, logo em sua estréia na equipe italiana. E deu o troco em Felipe Massa que largou em sua frente.Para o asturiano, uma vitória importante, para mostrar que vem forte nesse ano e que é candidato ao título. Já para o brasileiro, uma pequena decepção, por começar a disputa pelo título atrás, mas com um sabor especial, por sua volta em grande estilo à F1. E para a Ferrari, um domingo maravilhoso, com uma dobradinha, que fazia tempo não acontecia.
A corrida começou a ser definida antes da largada e pode ser dividida em três partes. Na primeira, Felipe Massa e Fernando Alonso, tiveram de trocar seus motores, que apresentaram problemas de refrigeração e poderiam causar problemas durante a corrida. Isso se mostrou determinante.
A segunda parte decisiva da corrida aconteceu na largada. Vettel, o pole, manteve sua posição. Massa largou bem e contornou a primeira curva em segundo, porém, Alonso, esperto como sempre, posicionou seu carro por fora e teve a preferencia na segunda curva, ultrapassando o brasileiro.
A largada foi quase limpa, exceto por um toque entre Kubica e Sutil e por uma fumada estranha do motor da Red Bull de Webber. Mal sinal para a equipe dos energéticos.Durante a corrida bastante abandonos ocorreram. Os dois carros da Hispania, da Virgin e da Sauber, abandonaram, além da Renault de Vitaly Petrov, que vinha fazendo uma bela prova. Lucas di Grassi andou pouco e abandonou cedo, com problemas hidráulicos. Já Bruno Senna, conseguiu dar 19 voltas e também teve problemas. Ainda vão aprender muito, apesar das dificuldades.
Outro fato importante foi a opção dos pilotos por apenas uma parada. Os pneus macios aguentaram bem e os duros conseguiram chegar até o fim da prova.
Tudo se encaminhava para uma fácil vitória de Vettel, com Alonso e Massa completando o pódio. Mas na volta 34, o alemão informou a equipe que tinha perdido potencia em seu motor, causado por um problema no escapamento. E assim a história da corrida mudava. Assim ela era definida. Sem ter como combater as Ferraris, Vettel foi facilmente superado por Alonso e Massa.
E logo veio a ordem para as posições serem mantidas. Vettel ainda foi ultrapassado por Hamilton. Porém, o alemão conseguiu sustentar a quarta posição.
E o bi-campeão mundial levou o carro com tranquilidade até a primeira bandeirada do ano. Um belo e expressivo resultado para a escuderia de Maranelo.
Essa primeira etapa mostrou algumas coisas importantes. Ao que parece, a Ferrari é a grande favorita do ano. Tem um bom conjunto e dois ótimos pilotos. Mas pode sofrer com os motores. Trocar o propulsor logo na primeira etapa não é bom sinal.
A Red Bull também é uma boa equipe, mas possui só um bom piloto. Vettel é talentosissimo e parece ser o único que pode levar a equipe às primeiras posições. Contudo, os motores Renaul são também o ponto fraco da equipe.
McLaren e Mercedes vêm um pouco atrás. No caso dessas duas equipes, o motor é o ponto forte. Precisam melhorar o conjunto, o que não é tão difícil. Mas podem perder tempo com isso.
A boa surpresa foi a Force India de Liuzzi em nono, a primeira das equipes médias. Deram um salto importante e vão brigar por pontos. Surpresa também foram os dois carros da Lotus terminarem a prova. Trulli a três voltas do líder e Kovalainen a uma. Mas atingiram seu objetivo.
Já a minha decepção ficou por conta da Sauber. Kobayashi e de la Rosa abandonaram com problemas. Seria aquele desempenho na pré-temporada falso, apenas para chamar patrocínio? Pelo o que foi mostrado nessa primeira etapa, sim. Esperava também um pouquinho mais do Schumi. Terminou atrás de Rosberg e sofrendo pressão de Button. Mas é questão de tempo para ele voltar a andar como nos velho tempos.
A próxima prova, na Austrália, deverá mostrar outra coisa, pois as condições de pista serão diferentes. Só passaremos a ter uma boa ideia do que esperar da temporada a partir do GP da Espanha. Mas até lá, quem souber aproveitar suas chances poderá se dar bem.
Final
1º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 49 voltas em 1h39min20s396
2º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 16s099
3º. Lewis Hamilton (ING/McLaren), a 23s182
4º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), a 38s713
5º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 40s263
6º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 44s180
7º. Jenson Button (ING/McLaren), a 45s260
8º. Mark Webber (AUS/Red Bull), a 46s308
9º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India), a 53s089
10º. Rubens Barrichello (BRA/Williams), a 1min02s400
11º. Robert Kubica (POL/Renault), a 1min09s093
12º. Adrian Sutil (ALE/Force India), a 1min22s958
13º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso), a 1min32s656
14º. Nico Hulkenberg (ALE/Williams), a 1 volta
15º. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus), a 1 volta
16º. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso), a 3 voltas
17º. Jarno Trulli (ITA/Lotus), a 3 voltas
Não completaram
Pedro de la Rosa (ESP/Sauber), 30 voltas
Bruno Senna (BRA/Hispania), 18 voltas
Timo Glock (ALE/Virgin), 17 voltas
Vitaly Petrov (RUS/Renault), 14 voltas
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber), 12 voltas
Lucas di Grassi (BRA/Virgin), 3 voltas
Karun Chandhok (IND/Hispania), 2 voltas
Mundial de Pilotos
1º. Fernando Alonso 25 pontos
2º. Felipe Massa 18
3º. Lewis Hamilton 15
4º. Sebastian Vettel 12
5º. Nico Rosberg 10
6º. Michael Schumacher 8
7º. Jenson Button 6
8º. Mark Webber 4
9º. Vitantonio Liuzzi 2
10º. Rubens Barrichello 1
11º. Robert Kubica 0
12º. Adrian Sutil 0
13º. Jaime Alguersuari 0
14º. Nico Hulkenberg 0
15º. Heikki Kovalainen 0
16º. Sébastien Buemi 0
17º. Jarno Trulli 0
18º. Pedro de la Rosa 0
19º. Bruno Senna 0
20º. Timo Glock 0
21º. Vitaly Petrov 0
22º. Kamui Kobayashi 0
23º. Lucas di Grassi 0
24º. Karun Chandhok 0
Mundial de Construtores
1º. Ferrari 43 pontos
2º. McLaren 21
3º. Mercedes 18
4º. Red Bull 16
5º. Force India 2
6º. Williams 1
7º. Renault 0
8º. Toro Rosso 0
9º. Lótus 0
10º. Sauber 0
11º. Hispania 0
12º. Virgin 0
Foto: Autosport.com
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