Não faz muito tempo, escrevi dois posts sobre Lewis Hamilton. O primeiro deles, falando sobre a escolha do manager de sua carreira. Desde que rompeu com seu pai, Antony Hamilton, Lewis ficou à procura de alguém que pudesse geenciar sua carreira. E o escolhido foi Simon Fuller, que entre outras coisas, criou o reality American Idol e homem que cuida da imagem de David Beckham, uma das mais conhecidas no mundo.
O outro post, foi falando sobre a incursão do campeão mundial de 2008 em Hollywood, dando voz a um personagem da animação "Carros". Personagem esse que leva o nome de Lewis. Em ambos os textos o título escolhido por mim foi "Hamilton PopStar", pois é dessa maneira que ele parece querer vincular sua imagem. Hamilton não quer ser apenas piloto, quer ser uma celebridade.
No início, até achei que essa poderia ser algo que desse certo. Lewis é um cara que poderia se dar bem nisso. Tem um certo carisma, namora uma artista, gosta desse ambiente. Tinha tudo para se dar bem. E mostrava que estava em um processo de amadurecimento. Se fosse bem orientado, só teria a ganhar com isso. O que não poderia acontecer era ele perder o foco na F1.
Hamilton, ao que parece, ainda não perdeu o foco no automobilismo. Mas adotou um caminho usado por muitas celebridades: criar polêmicas.
Lewis é um grande piloto. Sempre foi, desde que estreou na F1. Assim como sempre foi polêmico. Desde criança, ele era um projeto da Mercedes e da McLaren. Foi criado para ser campeão. Isso fez com que seu talento aflorasse. E que também fosse mimado demais. Não recebe bem as derrotas. Essa é a impressão que ele passa.
Em seu primeiro ano de F1, protagonizou com Fernando Alonso um embate dentro da McLaren do qual saiu vencedor, mas que o fez perder o título de 2007, um dos mais faceis dos últimos tempos. Acho que isso foi até natural. Um novato em busca de seu espaço tentando competir de igual para igual com o cara que vinha dominando a F1 por dois anos. Mas não deixa de ser polêmico, especialmente pela briga declarada com o espanhol.
Em 2008, ano de seu título, algumas outras polêmicas surgiram. Entertanto, o título minimizou um pouco as coisas. Como campeão mundial, mas sem um bom carro, 2009 começou ruim para ele na Australia, com uma desclassificação por conta de uma mentira sobre uma ultrapassagem em bandeira amarela. No GP seguinte, ele se desculpou, chegando a dizer que pensou em abandonar a categoria. Até chorou. E as polêmicas pareceram cessar também. Não houve outra grande, de impacto, a não ser fora das pistas, em sua vida particular, com a namorada Nicole Scherzinger.
Já rompido com seu pai, 2010 também não foi um ano de grandes polêmicas para Lewis, que tinha boas chances de vencer o campeonato, mas as jogou fora quando parecia ter amadurecido. Uma bobagem aqui, outra ali... Contudo, em 2011 a metralhadora giratória foi ligada novamente. E o estopim foi em Mônaco.
Depois da corrida, Hamilton, em entrevista à BBC, soltou o verbo. Perguntado sobre as reclamações de Massa e Maldonado, os dois envolvidos em acidentes com ele, Hamilton os chamou de ridiculos e estupidos. Se disse perseguido, que os comissários só o punem e, em tom de gozação, como pode ser visto no vídeo abaixo, disse que isso poderia acontecer por ele ser negro.
Muita gente que apenas leu o que foi reproduzido, como eu em um primeiro momento, pode ter falado um monte sobre Lewis. Porém, essa última declaração foi mais coisa de um menino que quis fazer uma brincadeira do que qualquer outra coisa. Tentou fazer uma ironia, sem sucesso e fora de hora. Isso não é coisa para se dizer em um momento em que se está sendo duramente criticado. Faltou tato ao inglês. E acho que tem faltado tato de quem o assessora.
Nas últimas semanas ele tem dito algumas bobagens. Disse, por exemplo, que uma Toro Rosso o havia atrapalhado quando ele brigava pela liderança com Vettel na Espanha, argumentando que ambas as equipes têm o mesmo dono. Coisa que não aconteceu. Para que criar polêmicas desnecessárias? É até legal que haja um piloto que não preze pelo politicamente correto. Mas para tudo há limite. Lewis não tem tido cabeça para fazer uma autocritica. Se o fizesse, conseguiria assumir seus erros, numa boa.
No domingo, depois de descascar os comissários, pediu desculpas. Ontem, em seu twitter, foi a vez de se desculpar com Massa e Maldonado. Era o mínimo que ele deveria fazer.
Hamilton tem se mostrado incomodado por não conseguir chegar perto de Vettel. Isso o tem afetado. Mas criar essas polêmicas não vão ajudar em nada. O que ele tem a fazer é trabalhar. E parar de falar abobrinhas.
Sobre as batidas, achei que ele teve culpa no incidente com Massa na Loews e muita culpa no acidente com Maldonado, na Saint Devote. Mereceu ser punido. Já no acidente que gerou a bandeira vermelha e na ultrapassagem sobre Massa, que bateu no túnel, ele não fez nada demais. Porém, os erros sempre chamam mais a atenção.
Lewis tem de, urgentemente, colocar a cabeça no lugar. Pensar, antes de falar bobagens. Ele é um piloto que dá prazer de ver guiar, por seu estilo agressivo, combativo, sempre buscando a ultrapassagem. Em uma F1 tão burocrática, Lewis é uma excessão. Só tem de tomar cuidado com algumas atitudes na pista, para não prejudicar quem não tem nada a ver com a história, e com outras fora dela.
Talvez, fosse melhor ter optado por Mika Hakkinen como gerente de sua carreira. Com conselhos de alguém que viveu na McLaren e principalmente a F1, seria mais fácil manter o foco.
Fotos: Autosport.com
O outro post, foi falando sobre a incursão do campeão mundial de 2008 em Hollywood, dando voz a um personagem da animação "Carros". Personagem esse que leva o nome de Lewis. Em ambos os textos o título escolhido por mim foi "Hamilton PopStar", pois é dessa maneira que ele parece querer vincular sua imagem. Hamilton não quer ser apenas piloto, quer ser uma celebridade.
No início, até achei que essa poderia ser algo que desse certo. Lewis é um cara que poderia se dar bem nisso. Tem um certo carisma, namora uma artista, gosta desse ambiente. Tinha tudo para se dar bem. E mostrava que estava em um processo de amadurecimento. Se fosse bem orientado, só teria a ganhar com isso. O que não poderia acontecer era ele perder o foco na F1.
Hamilton, ao que parece, ainda não perdeu o foco no automobilismo. Mas adotou um caminho usado por muitas celebridades: criar polêmicas.
Lewis é um grande piloto. Sempre foi, desde que estreou na F1. Assim como sempre foi polêmico. Desde criança, ele era um projeto da Mercedes e da McLaren. Foi criado para ser campeão. Isso fez com que seu talento aflorasse. E que também fosse mimado demais. Não recebe bem as derrotas. Essa é a impressão que ele passa.
Em seu primeiro ano de F1, protagonizou com Fernando Alonso um embate dentro da McLaren do qual saiu vencedor, mas que o fez perder o título de 2007, um dos mais faceis dos últimos tempos. Acho que isso foi até natural. Um novato em busca de seu espaço tentando competir de igual para igual com o cara que vinha dominando a F1 por dois anos. Mas não deixa de ser polêmico, especialmente pela briga declarada com o espanhol.
Em 2008, ano de seu título, algumas outras polêmicas surgiram. Entertanto, o título minimizou um pouco as coisas. Como campeão mundial, mas sem um bom carro, 2009 começou ruim para ele na Australia, com uma desclassificação por conta de uma mentira sobre uma ultrapassagem em bandeira amarela. No GP seguinte, ele se desculpou, chegando a dizer que pensou em abandonar a categoria. Até chorou. E as polêmicas pareceram cessar também. Não houve outra grande, de impacto, a não ser fora das pistas, em sua vida particular, com a namorada Nicole Scherzinger.
Já rompido com seu pai, 2010 também não foi um ano de grandes polêmicas para Lewis, que tinha boas chances de vencer o campeonato, mas as jogou fora quando parecia ter amadurecido. Uma bobagem aqui, outra ali... Contudo, em 2011 a metralhadora giratória foi ligada novamente. E o estopim foi em Mônaco.
Depois da corrida, Hamilton, em entrevista à BBC, soltou o verbo. Perguntado sobre as reclamações de Massa e Maldonado, os dois envolvidos em acidentes com ele, Hamilton os chamou de ridiculos e estupidos. Se disse perseguido, que os comissários só o punem e, em tom de gozação, como pode ser visto no vídeo abaixo, disse que isso poderia acontecer por ele ser negro.
Muita gente que apenas leu o que foi reproduzido, como eu em um primeiro momento, pode ter falado um monte sobre Lewis. Porém, essa última declaração foi mais coisa de um menino que quis fazer uma brincadeira do que qualquer outra coisa. Tentou fazer uma ironia, sem sucesso e fora de hora. Isso não é coisa para se dizer em um momento em que se está sendo duramente criticado. Faltou tato ao inglês. E acho que tem faltado tato de quem o assessora.
Nas últimas semanas ele tem dito algumas bobagens. Disse, por exemplo, que uma Toro Rosso o havia atrapalhado quando ele brigava pela liderança com Vettel na Espanha, argumentando que ambas as equipes têm o mesmo dono. Coisa que não aconteceu. Para que criar polêmicas desnecessárias? É até legal que haja um piloto que não preze pelo politicamente correto. Mas para tudo há limite. Lewis não tem tido cabeça para fazer uma autocritica. Se o fizesse, conseguiria assumir seus erros, numa boa.
No domingo, depois de descascar os comissários, pediu desculpas. Ontem, em seu twitter, foi a vez de se desculpar com Massa e Maldonado. Era o mínimo que ele deveria fazer.
Hamilton tem se mostrado incomodado por não conseguir chegar perto de Vettel. Isso o tem afetado. Mas criar essas polêmicas não vão ajudar em nada. O que ele tem a fazer é trabalhar. E parar de falar abobrinhas.
Sobre as batidas, achei que ele teve culpa no incidente com Massa na Loews e muita culpa no acidente com Maldonado, na Saint Devote. Mereceu ser punido. Já no acidente que gerou a bandeira vermelha e na ultrapassagem sobre Massa, que bateu no túnel, ele não fez nada demais. Porém, os erros sempre chamam mais a atenção.
Lewis tem de, urgentemente, colocar a cabeça no lugar. Pensar, antes de falar bobagens. Ele é um piloto que dá prazer de ver guiar, por seu estilo agressivo, combativo, sempre buscando a ultrapassagem. Em uma F1 tão burocrática, Lewis é uma excessão. Só tem de tomar cuidado com algumas atitudes na pista, para não prejudicar quem não tem nada a ver com a história, e com outras fora dela.
Talvez, fosse melhor ter optado por Mika Hakkinen como gerente de sua carreira. Com conselhos de alguém que viveu na McLaren e principalmente a F1, seria mais fácil manter o foco.
Fotos: Autosport.com
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