E mais uma vez deu Vettel. Na melhor corrida do ano até o momento. Quem disse que só utrapassagens trazem emoção à F1? Para mim, elas são um complemento das disputas. E que disputas tivemos hoje nas ruas do principado... e que vitória desse menino alemão, que pinta como um dos gênios da F1.
Vettel suportou, por quase que vinte voltas uma grande pressão de Fernando Alonso e de Jenson Button, ambos com pneus em melhores condições do que aqueles que calçavam a Red Bull do líder do campeonato. Mas, para azar de ambos, a prova era nas estreitas ruas de Monte Carlo. E Vettel, com calma e autoridade, não dava chances aos rivais. Isso com um pneu usado desde a volta 15. Ou seja, Vettel deu 57 voltas com um jogo de compostos, coisa inimaginavel na F1 atual.
Até que, quando ele, Alonso e Button se aproximavam de um grupo grande de retardatários para aplicar-lhes uma volta, acontece um acidente. Hamilton passa Petrov e vai ultrapassar Sutil quando este escapa e passa reto na chicane da piscina. Alguersuari segue o mesmo caminho, pula sobre a zebra e bate. Petrov, tenta desviar e também bate. Vettel, escapa por pouco.
O espanhol saiu do carro ileso. O russo, não. Ele comunica a equipe, via rádio, que estava sentindo dores. A ambulancia é acionada e o resgate de Petrov é providenciado. Bandeira vermelha na pista.
Com isso, ficou a dúvida. A corrida tinha acabado ou recomeçaria? Logo a FIA anunciou que, assim que acabasse o resgate de Petrov, a prova seria reiniciada. E com isso, outras duvidas surgiam. Poderiam os pilotos fazer reparos nos carros? Hamilton estava com a asa traseira danificada. E alguma outra parte do carro poderia ser trocada? E os pneus, poderiam ser substituidos? Uma grande confusão, um conflito de informações surgiu aí. No fim, tudo autorizado, como permite o regulamento. E assim, foi decretado o fim da corrida, mesmo com algumas voltas a serem disputadas.
Tudo isso, porque eram os pneus o grande diferencial na disputa pela vitória. Os de Vettel estavam quase na lona. Os de Alonso bastante desgastados. E os de Button um pouco menos. Mas era o alemão que liderava. A promessa era de uma grande final de prova.
Vettel largou bem, e manteve a liderança. Button vinha logo a seguir. Alonso havia passado Webber. Rosberg pulou para o quinto lugar, a frente de Massa e Maldonado. Petrov saiu bem e já era o oitavo, a frente de Schumacher e Hamilton. Esse era o top 10 ao fim da primeira volta.
E os carros da Mercedes foram os primeiros a perderem performance com o passar das voltas. Tanto que, Schumacher foi engolido por Hamilton e Rubinho e Rosberg foi ultrapassado por Massa e Maldonado. E os alemães cairam para o fundão.
Na frente, Button foi o primeiro a parar. E se deu bem. Porque a Red Bull, melhor equipe em todos os sentidos, inclusive nas paradas de boxes, se perdeu. Chamou Vettel e perdeu tempo. E não havia avisado a Webber, para não entrar. E perdeu mais tempo ainda. Quase jogaram a corrida do alemão no lixo, mas ele voltou em terceiro. Contudo, a prova do australiano foi para o limbo.
Faltava Alonso parar. E ele o fez poucas voltas depois. Assim, tinhamos Button, Vettel e Alonso no pódio. A prova parecia cair no colo do inglês.
Mais algumas voltas se passaram e Massa também parou. E um pequeno erro fez com que ele voltasse logo a frente de Hamilton. Isso seria decisivo na prova. O inglês ficou babando atrás do brasileiro algumas voltas, até tentar uma ultrapassagem maluca na Lowe's, curva mais lenta a F1, onde tinha sido superado por Schumacher na primeira volta. Se tocaram. E entraram no tunel lado a lado. Hamilton passou. E Massa ficou no guard-rail. Safety Car na pista. Prejuizo para o brasileiro que, apesar de ter um papel irrelevante no campeonato, como bem frisou o Flavio Gomes na transmissão da Estadão/ESPN, fazia sua melhor prova no ano.
Com Safety Car, Vettel voltou na liderança, já que Button tinha parado voltas antes e era o segundo. Alonso também parou e era o terceiro. Enquanto Hamilton levava um drive through. E o Safety Car trouxe algumas surpresas para as primeiras posições. Parando no momento certo, Sutil e Kobayashi figuravam na quarta e quinta posições.
Na relargada, nada se alterou e a corrida transcorria normalmente. E Button, parou pela última vez, perdendo a posição para Alonso. E aí ficava a duvida. Vettel pararia? Tudo levava a crer que sim. E Alonso? O espanhol tinha pneus mais novos, e poderia apostar em não parar, desde que segurasse Button. Mas quem disse que Vettel iria parar. O alemão, com muito peito, ficou e segurou o impeto dos rivais, até a bandeira vermelha... e ainda tivemos tempo para uma ultrapassagem de Webber sob Kobayashi, pelo quarto lugar e da maior lambaça de Hamilton, que tirou Maldonado da prova. E o venezuelano fazia uma baita prova...
Esse GP de Monaco foi muito bom, com várias alternativas e disputas. A se destacar os desempenhos de Kobayashi, que conseguiu sua melhor classificação na F1, após um sábado apagado, onde foi superado até com facilidade por Sergio Pérez e de Pastor Maldonado, que tinha tudo para conquistar bons pontos, não fosse a doideira de Hamilton. Vettel, Alonso e Button também merecem menções honrosas, os dois primeiros pelo trato com o pneu e o inglês pela prova certinha que fez. Deu azar.
Já a Mercedes, muito mal e Hamilton, são os destaques negativos. O inglês mostrou novamente aquele seu lado maluco e inconsequente, acabando com a corrida de um novato que mostrava, pela primeira vez, que podia ser rápido. Sou fã confesso de Hamilton, mas ele deveria tomar uma punição para a próxima corrida...
Sobre a situação de Petrov, a própria Renault Lotus afirmou que o russo sente apenas dores no tornozelo e que nada de mais grave aconteceu. Menos mau.
F1 agora daqui a duas semanas, em Montreal. Outra pista muito atipica. E onde as forças devem se equilibrar novamente.
Resultado Final
1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 78 voltas
2º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 1s1
3º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 2s3
4º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 23s1
5º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 26s9
6º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 27s2
7º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1 volta
8º. Nick Heidfeld (ALE/Lotus Renault), a 1 volta
9º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 1 volta
10º. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
11º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 2 voltas
12º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 2 voltas
13º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), a 2 voltas
14º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 2 voltas
15º. Jérome D'Ambrosio (BEL/Virgin-Cosworth), a 3 voltas
16º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 3 voltas
17º. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth), a 4 voltas
Não completaram
Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth)
Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault)
Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari)
Felipe Massa (BRA/Ferrari)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth)
Não largou
Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari)
Fotos: Autosport.com
Vettel suportou, por quase que vinte voltas uma grande pressão de Fernando Alonso e de Jenson Button, ambos com pneus em melhores condições do que aqueles que calçavam a Red Bull do líder do campeonato. Mas, para azar de ambos, a prova era nas estreitas ruas de Monte Carlo. E Vettel, com calma e autoridade, não dava chances aos rivais. Isso com um pneu usado desde a volta 15. Ou seja, Vettel deu 57 voltas com um jogo de compostos, coisa inimaginavel na F1 atual.
Até que, quando ele, Alonso e Button se aproximavam de um grupo grande de retardatários para aplicar-lhes uma volta, acontece um acidente. Hamilton passa Petrov e vai ultrapassar Sutil quando este escapa e passa reto na chicane da piscina. Alguersuari segue o mesmo caminho, pula sobre a zebra e bate. Petrov, tenta desviar e também bate. Vettel, escapa por pouco.
O espanhol saiu do carro ileso. O russo, não. Ele comunica a equipe, via rádio, que estava sentindo dores. A ambulancia é acionada e o resgate de Petrov é providenciado. Bandeira vermelha na pista.
Com isso, ficou a dúvida. A corrida tinha acabado ou recomeçaria? Logo a FIA anunciou que, assim que acabasse o resgate de Petrov, a prova seria reiniciada. E com isso, outras duvidas surgiam. Poderiam os pilotos fazer reparos nos carros? Hamilton estava com a asa traseira danificada. E alguma outra parte do carro poderia ser trocada? E os pneus, poderiam ser substituidos? Uma grande confusão, um conflito de informações surgiu aí. No fim, tudo autorizado, como permite o regulamento. E assim, foi decretado o fim da corrida, mesmo com algumas voltas a serem disputadas.
Tudo isso, porque eram os pneus o grande diferencial na disputa pela vitória. Os de Vettel estavam quase na lona. Os de Alonso bastante desgastados. E os de Button um pouco menos. Mas era o alemão que liderava. A promessa era de uma grande final de prova.
Vettel largou bem, e manteve a liderança. Button vinha logo a seguir. Alonso havia passado Webber. Rosberg pulou para o quinto lugar, a frente de Massa e Maldonado. Petrov saiu bem e já era o oitavo, a frente de Schumacher e Hamilton. Esse era o top 10 ao fim da primeira volta.
E os carros da Mercedes foram os primeiros a perderem performance com o passar das voltas. Tanto que, Schumacher foi engolido por Hamilton e Rubinho e Rosberg foi ultrapassado por Massa e Maldonado. E os alemães cairam para o fundão.
Na frente, Button foi o primeiro a parar. E se deu bem. Porque a Red Bull, melhor equipe em todos os sentidos, inclusive nas paradas de boxes, se perdeu. Chamou Vettel e perdeu tempo. E não havia avisado a Webber, para não entrar. E perdeu mais tempo ainda. Quase jogaram a corrida do alemão no lixo, mas ele voltou em terceiro. Contudo, a prova do australiano foi para o limbo.
Faltava Alonso parar. E ele o fez poucas voltas depois. Assim, tinhamos Button, Vettel e Alonso no pódio. A prova parecia cair no colo do inglês.
Mais algumas voltas se passaram e Massa também parou. E um pequeno erro fez com que ele voltasse logo a frente de Hamilton. Isso seria decisivo na prova. O inglês ficou babando atrás do brasileiro algumas voltas, até tentar uma ultrapassagem maluca na Lowe's, curva mais lenta a F1, onde tinha sido superado por Schumacher na primeira volta. Se tocaram. E entraram no tunel lado a lado. Hamilton passou. E Massa ficou no guard-rail. Safety Car na pista. Prejuizo para o brasileiro que, apesar de ter um papel irrelevante no campeonato, como bem frisou o Flavio Gomes na transmissão da Estadão/ESPN, fazia sua melhor prova no ano.
Com Safety Car, Vettel voltou na liderança, já que Button tinha parado voltas antes e era o segundo. Alonso também parou e era o terceiro. Enquanto Hamilton levava um drive through. E o Safety Car trouxe algumas surpresas para as primeiras posições. Parando no momento certo, Sutil e Kobayashi figuravam na quarta e quinta posições.
Na relargada, nada se alterou e a corrida transcorria normalmente. E Button, parou pela última vez, perdendo a posição para Alonso. E aí ficava a duvida. Vettel pararia? Tudo levava a crer que sim. E Alonso? O espanhol tinha pneus mais novos, e poderia apostar em não parar, desde que segurasse Button. Mas quem disse que Vettel iria parar. O alemão, com muito peito, ficou e segurou o impeto dos rivais, até a bandeira vermelha... e ainda tivemos tempo para uma ultrapassagem de Webber sob Kobayashi, pelo quarto lugar e da maior lambaça de Hamilton, que tirou Maldonado da prova. E o venezuelano fazia uma baita prova...
Esse GP de Monaco foi muito bom, com várias alternativas e disputas. A se destacar os desempenhos de Kobayashi, que conseguiu sua melhor classificação na F1, após um sábado apagado, onde foi superado até com facilidade por Sergio Pérez e de Pastor Maldonado, que tinha tudo para conquistar bons pontos, não fosse a doideira de Hamilton. Vettel, Alonso e Button também merecem menções honrosas, os dois primeiros pelo trato com o pneu e o inglês pela prova certinha que fez. Deu azar.
Já a Mercedes, muito mal e Hamilton, são os destaques negativos. O inglês mostrou novamente aquele seu lado maluco e inconsequente, acabando com a corrida de um novato que mostrava, pela primeira vez, que podia ser rápido. Sou fã confesso de Hamilton, mas ele deveria tomar uma punição para a próxima corrida...
Sobre a situação de Petrov, a própria Renault Lotus afirmou que o russo sente apenas dores no tornozelo e que nada de mais grave aconteceu. Menos mau.
F1 agora daqui a duas semanas, em Montreal. Outra pista muito atipica. E onde as forças devem se equilibrar novamente.
Resultado Final
1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 78 voltas
2º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 1s1
3º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 2s3
4º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 23s1
5º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 26s9
6º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 27s2
7º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1 volta
8º. Nick Heidfeld (ALE/Lotus Renault), a 1 volta
9º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 1 volta
10º. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
11º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 2 voltas
12º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 2 voltas
13º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), a 2 voltas
14º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 2 voltas
15º. Jérome D'Ambrosio (BEL/Virgin-Cosworth), a 3 voltas
16º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 3 voltas
17º. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth), a 4 voltas
Não completaram
Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth)
Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault)
Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari)
Felipe Massa (BRA/Ferrari)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth)
Não largou
Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari)
Fotos: Autosport.com
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