Resuminho saindo do forno
Indy
Em Fontana, a Penske ficou com a vitória. Mas foi a Ganassi que comemorou. O australiano Will Power venceu a etapa de encerramento da temporada, provando que talvez possa ter um desempenho melhor em ovais em 2014. Contudo, a Penske que precisava vencer era outra, a de Helio Castroneves, que terminou apenas em sexto. Junte isso ao quinto lugar obtido por Scott Dixon e pronto: tricampeonato para o neozelandês.
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Scott Dixon ergue seu terceiro troféu de campeão de Indy. Neozelandês conquistou títulos em 2003 e 2008 |
A corrida em Fontana foi uma bela síntese do que aconteceu no campeonato. A Penske teve um início melhor e logo nas primeiras voltas Helinho alcançou as primeiras posições, andando ao lado dos companheiros e brigando com os pilotos da Andretti, enquanto Scott Dixon e a Ganassi andavam do meio para trás do pelotão. Mas com o passar da prova, as coisas foram se invertendo, com o neozelandês escalando o pelotão e o brasileiro tentando se manter entre os líderes, cenário que favorecia cada vez mais ao piloto do carro #9.
Já na parte final da etapa, tudo foi para o limbo na equipe de Roger Penske quando este chamou Castroneves para um pit quando os boxes estavam fechados. Voltando mais atrás, Helio teve de partir para cima dos rivais e voltou a brigar pela liderança, diretamente contra Dixon e contra outro piloto da Ganassi, Charlie Kimball. E foi com o #83 que o brasileiro teve problemas. Ele acabou tocando o carro de Kimball e teve sua asa dianteira avariada, precisando troca-la.em bandeira verde, fato que o fez perder uma volta em relação aos líderes. O campeonato se decidia ali.
Na verdade, a grande virada aconteceu em Houston, quando o tricampeão da Indy 500 foi muito nas duas provas e viu Dixon vencer uma corrida e chegar a outra em segundo, virando assim o campeonato a seu favor.
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Helio Castroneves cumprimenta o rival Scott Dixon pela conquista. Brasileiro também foi vice do piloto da Ganassi em 2008 |
Sobre o título, ficou em muito boas mãos. Dixon e Ganassi souberam se recuperar durante a temporada e construíram esse campeonato com vitórias, outra coisa que faltou ao brasileiro. Por mais que tenha sido regular durante todo o campeonato, as vitórias são necessárias para se construir uma vantagem. É só vermos que nas duas provas em que foi mal, Helio perdeu a vantagem que tinha. Se tivesse duas vitórias a mais durante 2013, certamente ele poderia ter comemorado seu primeiro título. Entretanto, teve de ver Dixon conquistar, merecidamente, a terceira taça. O neozelandês é mesmo um dos grandes da categoria.
No pódio ainda terminaram Ed Carpenter e Tony Kanaan em uma prova marcada por acidentes e em que apenas 9 carros terminaram. O mais forte de todos envolveu seis pilotos, sendo que Justin Wilson acabou no hospital, reclamando de algumas dores.
Indy agora só em 2014.
MotoGP
A MotoGP viu o campeonato de suas três classes se reascender completamente neste fim de semana. Começando pela categoria rainha, Jorge Lorenzo ganhou uma GRANDE sobrevida na busca pelo tricampeonato. O espanhol não só venceu a prova em Phillip Island como viu seu grande rival, Marc Marquez, não pontuar.
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Jorge Lorenzo venceu em Phillip Island e aproveitou desclassificação de Marquez para voltar a sonhar com título |
Vamos por partes então. A vitória de Lorenzo foi categórica. O piloto da Yamaha dominou a prova do começo ao fim mostrando que suas M1 estava muito bem acertada para andar no belo circuito australiano. Ele chegou a ser pressionado em alguns momentos mas nada de muito grave. Depois de Marquez deixar a prova, tudo ficou ainda mais tranquilo. Fez sua parte. Pedrosa, sem muito brilho, foi o segundo. Rossi, batalhando contra as motos satélites, fechou o pódio.
Já Marc Marquez tem motivos de sobra para estar frustrado. Ele, que poderia ter finalizado o mundial já neste fim de semana, acabou desclassificado por ficar uma volta a mais do que o permitido na janela de troca de motos - a qual explico mais abaixo. Um erro dele e da equipe, principalmente, que pode acabar custando caro. Marquez vinha bem na prova e tinha tudo para conquistar um resultado que lhe permitisse sagrar-se campeão em Motegi. Agora, o #93 vai para o Japão pressionado, pois um novo revés pode jogar Lorenzo na liderança restando apenas a etapa final em Valência.
Sobre a troca de motos, o que aconteceu foi o seguinte. A etapa da Austrália tinha previstas 27 voltas. Contudo, a Bridgestone, fornecedora de pneus da classe, teve problemas com o novo asfalto de Phillip Island e depois de testes afirmou que só poderia garantir a segurança dos pilotos por 10 voltas. Com isso, a prova foi diminuída para 19 giros, sendo que até o 10º os pilotos precisariam, obrigatoriamente, trocar de moto, para que tudo corresse bem. Foi isso o que confundiu o pessoal da Honda. Aliás, duas coisas: uma equipe comoa Repsol Honda não pode cometer erros desse tipo. E uma fornecedora como a Bridgestone também não pode ter compostos que não durem dessa forma. Se sabiam que Phillip Island teria um novo asfalto, seria bom ter feito uns testes por lá antes.
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Por troca obrigatória de moto tardia, Marc Marquez acabou recebendo bandeira preta em Phillip Island e não pontuou |
Indo para a Moto 2, sem Scott Redding em seu caminho Pol Espargaró fez sua parte e venceu a prova. Com isso, o espanhol passa de um déficit de 9 pontos para um superavit de 16 em relação ao inglês, faltando apenas duas provas para o fim do campeonato, que pode terminar em Motegi. E há muitas chances disso, uma vez que a presença do britânico por lá não é certeza. De repente, o campeonato que parecia destinado a Redding cai no colo de Espargaró.
Já na Moto 3, mais uma corrida espetacular. E com um resultado que tornará as duas últimas etapas da classe ainda mais acirradas. Alex Rins venceu e colocou ainda mais lenha na disputa com Luis Salom pelo título. Apenas cinco pontos os separam. A corrida na Austrália foi algo surreal. Sete pilotos acabaram brigando, diretamente, pela vitória. Uma hora alguém cruzava a linha de chegada na frente. Mas na primeira curva já tínhamos um novo líder. Três curvas adiante, tudo mudava. Foi nesse ritmo que a prova caminhou. Até os últimos centímetros não sabíamos quem venceria. E se a reta tive mais alguns metros, poderíamos ter visto um resultado diferente. Rins venceu, com uma vantagem de 0s003 para o segundo, Maverick Viñales. Salom foi o terceiro, com Alex Marquez em quarto, Jack Miller em quinto, Jonas Folger em sexto e Efren Vazquez em sétimo. Todos separados por 1s1. Prova animal. A espanholazinha Ana Carrasco, que largou em sétima, ficou com o 19º posto. Já Eric Granado foi o 21º.
Stock Car
A Stock Car correu neste fim de semana em Curitiba e com os resultados da etapa paranaense, o campeonato ficou bem interessante. A vitória ficou nas mãos de Atila Abreu, a primeira do piloto do carro #51 no ano. Atila retardou sua parada e quando a fez, não trocou de pneus, o que lhe fez ganhar tempo e voltar na frente dos rivais. E uma vez na liderança da prova, foi só administrar a vantagem que obteve para quem vinha atrás. A segunda posição ficou com Thiago Camilo, seguido de Daniel Serra, Ricardo Maurício e Cacá Bueno. E com isso, temos uma nova configuração na tabela.
A liderança segue nas mãos de Daniel Serra, que chegou aos 172 pontos. Thiago Camilo assumiu o segundo lugar no campeonato, com 161, um ponto a frente de Cacá Bueno e Ricardo Mauricio. Bem mais atrás aparece Valdeno Brito, nono em Curitiba, com 119 pontos. Restam duas etapas (Brasilia e São Paulo) para o fim do campeonato.
World Series By Renault
Na rodada dupla derradeira da World Series em 2013, Kevin Magnussen garantiu o título da garantia. O filha do Jan, protegido da McLaren e cotado pela Marussia para 2014, pôde comemorar, já no sábado o título da temporada, dando show. Marcou a pole e venceu as duas provas do fim de semana, mostrando que não foi à toa que chegou à conquista.
Magnussen terminou com 60 pontos a mais do que o vice-campeão, o belga Stoffel Vandoorne. Antonio Felix da Costa foi o terceiro no campeonato. Entre os brasileiros, André Negrão foi o melhor, com o 10º lugar na tabela.
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