Há cerca de um ano e meio, Maria de Villota virou destaque no noticiário mundial de uma maneira muito ruim. Seu acidente, quando testava o carro da Marussia em uma pista de pouso na Inglaterra - e que teve como consequência a perda de seu olho direito - repercutiu mundo afora. Uma tremenda irresponsabilidade da equipe e uma falta de sorte da piloto que, é bem verdade, não tinha muita experiência com carros de F1.
Do acidente até essa sexta-feira, muita coisa tinha mudado na vida da espanhola, de 33 anos. Sua carreira no automobilismo chegou ao fim. Por outro lado, ela se casou há alguns meses, virou embaixadora da FIA e vinha trabalhando em um livro, que será (ou seria) lançado na próxima segunda com o nome de "A Vida é um Presente". Pelo título da obra, o livro deve contar sua história de vida, falando do pré e do pós acidente e como tinha recebido esse "presente chamado vida" novamente, após a gravidade do que lhe aconteceu. É o que imagino.
Contudo, Maria não teve tempo de apresentar essa história da forma que desejava. Ela foi encontrada morta hoje, num quarto de hotel em Sevilha. Morreu, segundo informações preliminares, de causas naturais (o que me deixa até um pouco aliviado, de certa forma, pois afasta possibilidade de suicídio). Deixa marido, pai, o ex-piloto Emilio de Villota, e vários amigos. Mas deixa também um exemplo ânimo, alegria e perseverança, mesmo depois e tudo o que lhe aconteceu, algo difícil de se superar. (Sim, sei que essas palavras são um clichê enorme, mas valem muito)
Mesmo ela não fazendo parte realmente do mundo da F1, pois nunca guiou pra valer, essa é uma notícia que entristece. Que descanse em paz.
Foto: DailyMail.co.uk
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