Review GP2

A cada ano que passa, a GP2 ganha em importância no cenário mundial do automobilismo. Todo ano, pilotos que surgem na categoria chegam à F1. E com esse papel, de revelar novos talentos para o automobilismo, a GP2 cresce. Cresce em organização, cresce em audiência, cresce em ganhos.

Hoje é uma boa opção para pilotos que pretendem chegar à F1, visto que esse é o último degrau antes da categoria máxima do automobilismo. Assim sendo, acompanhando a GP2, podemos ter uma certa noção do que poderemos encontrar nas principais categorias do esporte a motor no futuro.

E o ano de 2009 mostrou que poderemos ter coisas boas. Pilotos que disputaram a categoria nesse ano, já asseguraram sua vaga em uma equipe da F1. Alguns conseguiram o feito durante a temporada, aproveitando oportunidades que praticamente caíram do céu. Outros, tiveram que esperar o ano acabar. Ao que tudo indica, a GP2 continuará revelando bons pilotos, atingindo seu principal objetivo.

Temporada equilibrada

Podemos dizer que a temporada 2009 da GP2 foi bastante equilibrada. O campeão não foi decidido na última etapa e também não houve tantos postulantes ao título. Mas, vários pilotos conseguiram aparecer e vencer etapas, muito graças ao regulamento da categoria. E isso de certa forma traz um equilíbrio maior à competição.

Na disputa pelo título, que divido em duas partes, sempre dois pilotos brigaram pela taça. Do início ao meio da temporada, Romain Grosjean e Vitaly Petrov, ambos da Barwa Addax, disputavam ponto a ponto a liderança. Na segunda metade, Grosjean saiu da disputa, ao ir substituir Nelsinho Piquet na Renault e deu lugar a Nico Hulkenberg, da ART, que acabou ficando com o título, merecidamente.

Sobre o desempenho de cada postulante ao título, podemos observar coisas diferentes.

Começando pelo campeão Hulkenberg, que já tem contrato assinado com a Williams para 2010, seu desempenho na segunda metade da temporada foi extraordinário. Vitórias, pódios, pontos marcaram segunda metade de seu campeonato. Um desempenho acima do apresentado até então. Hulkenberg aliou agressividade a consistência e conquistou de maneira sólida o título, merecido e com uma etapa de antecedência.

O principal rival de Hulkenberg foi o russo Vitaly Petrov, que busca uma vaga na F1. Petrov sempre esteve na briga pelo título, primeiro contra seu companheiro Romain Grosjean e depois com Nico. Teve seus momentos bons, mas que não foram suficientes. Porém, também mostrou consistência. Se não podia brigar pela vitória, esteve sempre incomodando. Tanto que foi o único capaz de brigar com Hulkenberg pelo título.

Já Romain Grosjean, no período em que ficou na GP2 nesse ano, mostrou um bom trabalho. Contudo, a oportunidade de ir para Renault substituir Nelsinho Piquet, atrapalhou sua trajetória neste ano. Porém, apesar do bom trabalho e mesmo com a liderança, Grosjean mostrou-se um piloto inconsistente. Não sei se teria conseguido superar Hulkenberg e Petrov.

Entre os brasileiros, o melhor foi Lucas di Grassi contratado pela Virgin-Manor para disputar a temporada 2010 da F1. Lucas começou o ano como um dos favoritos, mas a equipe Racing Engineering não conseguiu lhe dar um equipamento vencedor, deixando-o em terceiro no campeonato, longe do título. Outros dois brasileiros se destacaram. Alberto Valério, da Piquet Sports e Luiz Razia, da Colônia, equipes modestas, chegaram até a vencer baterias. Para Luiz Razia, os resultados foram tão bons que lhe renderam um contrato de piloto de testes da Virgin-Manor. Já Diego Nunes, que correu pela iSport, decepcionou. Ficou muito abaixo do esperado e do companheiro Gierdo Van Der Garde e não fica na GP2 em 2010.

De uma maneira geral, a temporada da GP2 foi muito boa. A categoria vem crescendo e desempenhando um papel importante no desenvolvimento de pilotos. É uma boa oportunidade de esses pilotos obterem uma maior rodagem, ganharem experiência e mostrarem o que sabem.

Fotos: Autosport.com
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