Onde você estava em 30 de outubro de 1988? Você é capaz de lembrar o que fazia nessa data? Eu não. Provavelmente estava dormindo, no quarto de meus pais, pois tinha apenas dez meses de idade. Mas posso dizer o que meu pai e milhares de brasileiros, fãs da F1 faziam. Estavam todos ligados no GP do Japão, decisão do campeonato de F1 daquele ano.
Ayrton Senna da Silva decidia pela primeira vez um campeonato de F1, contra aquele que já era naquela época seu maior rival, o já velho conhecido dos brasileiros, Alain Prost.
Essa temporada marcou o dominio da parceria entre McLaren e Honda. Das dezesseis etapas do calendário, a equipe inglesa venceu quinze (oito com Senna e sete com Prost) e marcou também quinze poles (treze com Senna e duas com Prost). A única excessão foi o GP da Itália, em que Gerhard Berger marcou a pole e venceu com a Ferrari.
Mas o que mais caracterizou a temporada não foi o domínio quase que absoluto da McLaren e sim a guerra entre seus dois pilotos. Senna e Prost até que começaram na equipe com um bom relacionamento, comparado ao que veriamos depois. Prost já era bicampeão mundial e Ayrton chegava a uma equipe de ponta como a grande promessa do automobilismo mundial. Porém, o gênio forte dos dois falou mais alto e com o decorrer da temporada, o relacionamento ruiu. As trocas de acusações entre os pilotos e entre membros da equipe se intensificou durante o ano e no final da temporada já não existia a menor cordialidade entre os dois.
O equilibrio entre os dois foi evidente durante a temporada. Senna, agressivo e louco para mostrar serviço começou mal o campeonato. No Brasil, abertura da temporada, Senna vinha bem e era pole. Mas nervoso, deixou o carro apagar, correu para os boxes e pegou o carro reserva e foi desclassificado. Prost venceu. Na etapa seguinte veio o troco do brasileiro que venceu em San Marino com o francês em segundo. Em Mônaco, o erro. Senna liderava tranquilo até que Prost começou a fazer volta mais rápida atrás de volta mais rápida. Com o orgulho ferido, Senna fez a volta mais rápida da prova, relaxou e bateu dando a vitória de bandeija para o rival. No México Senna foi segundo, atrás de Prost.
A essa altura do campeonato, Prost tinha 33 pontos contra apenas 15 de Senna. Uma diferença considerável. Mas o regulamento daquele ano dizia que das dezesseis provas, os onze melhores resultados contavam e isso começou a fazer a diferença.
A partir do GP do Canadá até o GP da Bélgica as coisas mudaram em favor de Senna. Foram seis vitórias, quase que seguidas, em sete corridas. A sequência só foi interrompida no GP da França (prova que Senna nunca venceu) com a vitória de Prost e com Senna chegando em segundo. Senna saia da Bélgica com 75 pontos e Prost com 72. Era a décima primeira prova e a partir dali, os resultados ruins não teriam tanta validade.
Senna relaxou e Prost aproveitou. Nas três provas seguintes Ayrton só marcou quatro pontos enquanto Prost marcou dezoito. Senna iria para Suzuka com 79 pontos no campeonato e esses mesmos pontos eram seus melhores resultados para o título. Prost já havia somado 90 pontos, mas tinha 84 pontos válidos para o campeonato.
Em Suzuka aconteceu uma das corridas mais memoráveis da história, pois quem vencesse seria o campeão. Senna na pole, Prost em segundo. Senna fica no grid, Prost pula para a ponta. O brasileiro cai para décimo sexto e o francês segue firme na ponta. No final da segunda volta Senna já era o sexto. Na quarta Senna já era o quarto. na décima primeira já alcançava o terceiro posto e uma ajuda dos céus vinha chegando. Chovia fraco na pista e Senna tirava cada vez mais a diferença para o primeiro Prost e para o segundo, o italiano Ivan Capelli, que conseguia acompanhar o francês.
Na vigésima sétima volta enfim, Senna volta a ponta, para dela não mais sair. E a partir dali foi um passeio. Ayrton só levou o carro de volta para os boxes. Senna chegava a 88 pontos. Prost, como chegou em segundo, continuou com 84 pois esse resultado era anulado por já ter outros cinco segundos lugares e não poderia mais chegar aos 88 pontos de Senna. Festa para no Brasil.
A partir daí, já sabemos o que aconteceu com os dois, mas esses são capítulos de uma história que será contada mais pra frente.
Ayrton Senna da Silva decidia pela primeira vez um campeonato de F1, contra aquele que já era naquela época seu maior rival, o já velho conhecido dos brasileiros, Alain Prost.
Essa temporada marcou o dominio da parceria entre McLaren e Honda. Das dezesseis etapas do calendário, a equipe inglesa venceu quinze (oito com Senna e sete com Prost) e marcou também quinze poles (treze com Senna e duas com Prost). A única excessão foi o GP da Itália, em que Gerhard Berger marcou a pole e venceu com a Ferrari.
Mas o que mais caracterizou a temporada não foi o domínio quase que absoluto da McLaren e sim a guerra entre seus dois pilotos. Senna e Prost até que começaram na equipe com um bom relacionamento, comparado ao que veriamos depois. Prost já era bicampeão mundial e Ayrton chegava a uma equipe de ponta como a grande promessa do automobilismo mundial. Porém, o gênio forte dos dois falou mais alto e com o decorrer da temporada, o relacionamento ruiu. As trocas de acusações entre os pilotos e entre membros da equipe se intensificou durante o ano e no final da temporada já não existia a menor cordialidade entre os dois.
O equilibrio entre os dois foi evidente durante a temporada. Senna, agressivo e louco para mostrar serviço começou mal o campeonato. No Brasil, abertura da temporada, Senna vinha bem e era pole. Mas nervoso, deixou o carro apagar, correu para os boxes e pegou o carro reserva e foi desclassificado. Prost venceu. Na etapa seguinte veio o troco do brasileiro que venceu em San Marino com o francês em segundo. Em Mônaco, o erro. Senna liderava tranquilo até que Prost começou a fazer volta mais rápida atrás de volta mais rápida. Com o orgulho ferido, Senna fez a volta mais rápida da prova, relaxou e bateu dando a vitória de bandeija para o rival. No México Senna foi segundo, atrás de Prost.
A essa altura do campeonato, Prost tinha 33 pontos contra apenas 15 de Senna. Uma diferença considerável. Mas o regulamento daquele ano dizia que das dezesseis provas, os onze melhores resultados contavam e isso começou a fazer a diferença.
A partir do GP do Canadá até o GP da Bélgica as coisas mudaram em favor de Senna. Foram seis vitórias, quase que seguidas, em sete corridas. A sequência só foi interrompida no GP da França (prova que Senna nunca venceu) com a vitória de Prost e com Senna chegando em segundo. Senna saia da Bélgica com 75 pontos e Prost com 72. Era a décima primeira prova e a partir dali, os resultados ruins não teriam tanta validade.
Senna relaxou e Prost aproveitou. Nas três provas seguintes Ayrton só marcou quatro pontos enquanto Prost marcou dezoito. Senna iria para Suzuka com 79 pontos no campeonato e esses mesmos pontos eram seus melhores resultados para o título. Prost já havia somado 90 pontos, mas tinha 84 pontos válidos para o campeonato.
Em Suzuka aconteceu uma das corridas mais memoráveis da história, pois quem vencesse seria o campeão. Senna na pole, Prost em segundo. Senna fica no grid, Prost pula para a ponta. O brasileiro cai para décimo sexto e o francês segue firme na ponta. No final da segunda volta Senna já era o sexto. Na quarta Senna já era o quarto. na décima primeira já alcançava o terceiro posto e uma ajuda dos céus vinha chegando. Chovia fraco na pista e Senna tirava cada vez mais a diferença para o primeiro Prost e para o segundo, o italiano Ivan Capelli, que conseguia acompanhar o francês.
Na vigésima sétima volta enfim, Senna volta a ponta, para dela não mais sair. E a partir dali foi um passeio. Ayrton só levou o carro de volta para os boxes. Senna chegava a 88 pontos. Prost, como chegou em segundo, continuou com 84 pois esse resultado era anulado por já ter outros cinco segundos lugares e não poderia mais chegar aos 88 pontos de Senna. Festa para no Brasil.
A partir daí, já sabemos o que aconteceu com os dois, mas esses são capítulos de uma história que será contada mais pra frente.
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