Homenagem - Bodas de Prata do Nelsão

Hoje é uma data muito especial para os brasileiros fãs de F1 e principalmente, para os fãs do grande Nelson Piquet Souto Maior. No dia 15 de Outubro de 1983, a exatos 25 anos, Nelson Piquet conquistava seu segundo título na F1, quarto do Brasil na categoria. Piquet definitivamente entrava para a história do automobilismo e para o seleto time de bi-campeões que tinha na época Emerson Fittipaldi, Alberto Ascari, Jim Clark Graham Hill e Niki Lauda, além dos tri campeões Jack Brabham e Jackie Stewart (clube que ele entraria em 1987) e do penta campeão Juan Manuel Fangio.

Mas conquistar o bi-campeonato não foi tarefa fácil para Nelson Piquet. O campeonato de 1983 foi muito equilibrado, com seis equipes e oito pilotos distintos vencendo nas 15 etapas do calendário.

O ano começou promissor para Nelson, que venceu o GP do Brasil em Jacarépagua. E um caso curioso marcou a prova. Keke Rosberg foi o segundo colocado, mas foi desclassificado após seu carro ter um principio de incêndio no pit. O motivo: Keke saiu do carro e quando o problema foi solucionado, voltou ao cockpit mas seu carro não funcionou tendo que ser empurrado pelos mecânicos o que causou sua desclassificação. O segundo lugar ficou vago.



A segunda prova, realizada em Long Beach foi vencida por John Watson.

Mas a partir da terceira etapa, na França, o mundo da F1 começou a ver um dominio dos franceses. Alain Prost, que venceu o GP da França, René Arnoux e Patrick Tambay venceram juntos oito das dez etapas até o GP da Itália, onde Piquet começou sua incrivel virada. Os únicos que conseguiram chegar no lugar mais alto do pódio nesse periodo foram Keke Rosberg em Mônaco e Michele Alboreto em Detroit.

A situação até a corrida de Monza era a seguinte. Prost liderava o campeonato com 51 pontos ganhos, 10 a mais do de Arnoux, segundo e 14 a frente de Piquet, terceiro. Impecável durante a prova, Piquet venceu, seguido de Arnoux e de Eddie Cheever. A diferença cai drasticamente, já que Prost não completou a corrida com problemas no turbo.



Com 46 pontos ganhos, Piquet ainda se encontrava na terceira posição do campeonato, um ponto atrás de Arnoux e 5 atrás de Prost, antes do GP da Europa, realizado em Brands Hatch. Para ele só a vitória interessava e foi o que aconteceu. Em mais uma bela apresentação, Nelsão venceu, seguido por Prost e levou a disputa pelo título para a última etapa, que seria realizada em Kyalami na África do Sul.

O calor de Kyalami era propicio para retratar o clima quente que envolvia a decisão. De um lado Nelson Piquet, piloto conhecido e já campeão mundial dois anos antes tentando o bi. Do outro Alain Prost, francês, piloto técnico e cerebral tenatndo alcançar a glória máxima no automobilismo. Um pouco distante de tudo isso, René Arnoux, que precisava de um milagre. Piquet largou em segundo, Arnoux em quarto e Prost em quinto. O brasileiro pulou para a liderança e os franceses se mantiveram em quarto e quinto. Nove voltas depois, o motor da Ferrari de Arnoux o deixa na mão, selando a disputa entre Piquet e Prost. E vinte e seis voltas depois o campeonato era decidido. Um problema no turbo levou embora o sonho do francês. Um problema no turbo levou o brasileiro ao topo mais uma vez. Nelson Piquet Souto Maior era bi-campeão na F1.



A partir da volta 35 foi só administrar, pois o quarto lugar já dava a Piquet o título. Piquet chegou em terceiro, atrás do companheiro de Brabham Riccardo Patrese e de Andrea de Cesaris da Alfa Romeo.

Foi assim que Nelson Piquet colocou pela segunda vez seu nome na história do automobilismo mundial. Ele viria a ganhar o tricampeonato em 1987, mas essa é uma história para suas próximas Bodas de Prata.
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