De 1959 à 2009

Bom, esse post não é sobre automobilismo e sim sobre outro esporte que eu adoro. No último sábado, dia 31, completou-se 50 anos do primeiro título mundial do Brasil no basquete. Um feito histórico, ainda mais por bater os EUA na final. Mas um feito que não recebe o devido valor.

Um ano antes, o Brasil tinha sido campeão mundial de futebol pela primeira vez. Pelé, Garrincha, Didi, Vavá, Zagallo e compania eram o orgulho da nação. Fora isso, a seleção nacional de futebol tinha sido terceira colocada na Copa de 38, na França e vice campeã em 50, no Brasil. Já o basquete, ainda não era tão popular, mas o Brasil já tinha conquistado resultados expressivos, como o quarto lugar na primeira edição do mundial de basquete, em 1950, na Argentina e um vice campeonato no mundial de 1954, no Brasil. Resultados muito parecidos com a seleção de futebol.


Pois bem, em 1962 o futebol brasileiro se consolidou de vez como paixão nacional, com o bi campeonato no Chile. E o basquete não deixou por menos, sagrando-se também bi campeão mundial em 1963, aqui mesmo no Brasil, chegando ao posto de segundo esporte mais popular do país.

Desde então, o que vimos foi o basquete chegar ao seu apíce, com título mundial de clubes e a fantástica (mas nem tanto) vitória no Pan de 1987, em Indianapolis, contra os EUA, donos da casa, medalhas panamericanas e olimpicas, tanto no feminino quanto no masculino e até mais um título mundial, em 1994, com as mulheres, e cair de forma vertiginosa. Hoje, o basquete brasileiro anda mal das pernas.

Desde 1996 o Brasil não participa das Olimpiadas com o time masculino. Em mundiais as campanhas são pifias. Fora isso, ainda não temos uma liga forte e nossos principais jogadores, que atuam na NBA, se recusam a jogar pela seleção. E eles estão até certos, porque tudo aqui é uma bagunça. Não levam o basquete a sério.


E as consequêcias são desastrosas. O basquete perdeu seu posto de segundo esporte brasileiro para o volei, que ultimamente tem obtido resultados ótimos. Mais do que isso, perdeu praticantes. A CBB, que era muito mal administrada, hoje tenta reerguer o esporte. A tarefa não será fácil, mas os responsáveis tem que se esforçar, pois as soluções não cairão do céu.

O basquete brasileiro tem que voltar aos tempos aureos, tempos em que era respeitado por todos. Que o exemplo daquela geração campeã sirva de inspiração para quem comanda o esporte hoje.

Fotos: CBB e Basket Brasil
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