Albert Park, os estreantes e os campeões

Sabe aquele ditado, a primeira impressão é a que fica? Pois bem, podemos usa-lo como base para a análise sobre as corridas no circuito de Albert Park. Pode parecer confuso agora, mas vocês vão entender.

Desde que o GP da Austrália passou de Adelaide para Melbourne e de fechamento para abertura do campeonato, essa etapa vem servindo de parâmetro para o que pode acontecer na temporada.

A corrida de ontem foi décima quarta disputada por lá e em nove das treze etapas anteriores, quem venceu a corrida, acabou sagrando-se campeão ao fim da temporada. Quer bom presságio melhor que esse? Nas últimas três temporadas foi assim também. Que o digam Fernando Alonso, Kimi Raikkönen e Lewis Hamilton.


Em quatro das cinco temporadas em que foi campeão pela Ferrari, Michael Schumacher venceu em Melbourne.

Damon Hill, em 1996 e Mika Hakkinen, em 1998, foram campeões após estrear com vitória na Austrália.

Fora isso, Eddie Irvine lá venceu em 1999 e foi vice campeão.

Mas, além de trazer bom presságio para quem vence, o circuito de Albert Park traz boas energias para quem estréia lá marcando pontos. Jacques Villeneuve estreou na F1 em 1996, pela Williams e na pole. Foi segundo na corrida marcando seus primeiros seis pontos na F1. Venceu sua primeira corrida naquele ano e se sagrou vice campeão, chegando ao título no ano seguinte.

Kimi Raikkönen estreou em 2001 na F1, com um sexto lugar na Austrália, a bordo de um Sauber. Não venceu naquele ano e nem podia também, mas depois do ponto e de boas apresentações, conseguiu um contrato com a McLaren, onde foi vice campeão em 2003 e 2005, antes de conhecer a glória máxima em 2007, na Ferrari.


Já Lewis Hamilton, tem uma história (quase) idêntica a de Villeneuve. Em 2007, estreou no pódio, venceu sua primeira corrida naquele ano, foi vice campeão e conquistou o título na temporada seguinte. Só fazendo um adendo, os dois venceram seus títulos contra pilotos da Ferrari.

Mas onde todos esses dados nos levarão? Bom, isso é só estatistica, não é uma regra. Pedro de la Rosa, Mark Webber e Sébastien Bourdais, por exemplo, também estrearam em Melborune marcando pontos (de la Rosa de Arrows e Webber de Minardi, vejam só) e nada conquistaram ainda. Só usei como exemplo o circuito de Albert Park, porque é onde a F1 começa sua temporada nos últimos catorze anos. O que quero mostrar é a força psicológica que um piloto pode conseguir estreando bem, seja na categoria, seja na temporada e em qualquer lugar.

Ontem vimos uma equipe estreando com dobradinha e tudo, coisa que não se via desde 1954. Além disso, os responsáveis por tal feito são dois pilotos que passaram os últimos dois anos desacreditados. Tudo isso, com certeza, vai levantar a moral dos pilotos e de toda a equipe, para seguirem trabalhando duro em busca do título.

Pra completar, vimos mais um estreante, com bom potencial, marcando seus primeiros pontos na F1 e dizendo que já será menos pressionado nesse início, o que é verdade.


Uma boa estréia é sempre muito importante para um piloto e para sua equipe, pois baixa pressão e levanta o moral de todos. É mais fácil trabalhar assim. De quebra, isso acaba, mesmo que indiretamente, pressionando mais e mais seus adversários, o que pode ser mais uma vantagem. Mas é preciso manter um bom desempenho, caso contrário, isso não terá servido de nada.

Button, Barrichello e a BGP, poderão, no fim do ano se tornar estatística. E Buemi, quem sabe, não siga o mesmo caminho no futuro.

Fotos: Autosport.com e Wikipedia.org

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1 comentários:

Bruno disse...

Vamos esperar pela evolução do carro da Brawn, para saber se mantem as chances no campeonato. Para a próxima corrida deve ser outro passeio deles.
Buemi fez uma boa estréia, de certa forma discreta, mas o carro não é bom. Bourdais deve dar uma acordada, senão faz companhia para o Piquet Jr. na fila do FGTS.
Abraço.

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